Quem somos nós?

O pensamento de quem nós somos sobrevêm desde a narrativa do mito grego, que de forma quase que personificada, explicava a estirpe do homem e quem ele era. Somente após Pirro (360 a.C.-272 a.C.), um grego que fundou a escola ceticista, é que irão contrapor essas idéias que lhes eram impostas. Para ele, não se poderia acreditar nem na própria existência, pois não havia verdades absolutas, logo, como podemos provar nossa vivência através do mito?

Após a “queda” do mito, e a consolidação do cristianismo, a estrutura patrística ocidental da Idade Média (476 a 1453), que se perpetua, mesmo que “sutilmente” até hoje, nos respondia quem nos éramos de forma a calar a inquietação das massas e principalmente, sucumbir qualquer pensamento anteposto a isso, pois era/é totalmente ideológica em suas pseudo práxis sociais, não abrindo espaço para discussões sobre quem nós éramos, deixando assim, um grande “vago” para o “pensar filosófico” do próprio homem.

Talvez a pergunta, “Quem nós somos?” seja o que inquieta o homem contemporâneo, pois com o projeto genoma (projeto do ano 2000, que visava à decifração do DNA humano), o homem “poderia” chegar a uma “possível” resposta, mesmo que “incerta”, de quem somos nós, e passados 10 anos da criação, percebemos que é quase intangível uma possível resposta, devido à complexidade que se encontra o próprio ser.

A resposta a tudo, talvez fosse à ausência de respostas, pois somos seres mutáveis e em constante variação psicológica, moral e física e querendo ou não, a prática do ser intransigente acaba caindo por terra quando o assunto é, “Quem realmente somos?”, pois a imprecisão do ato de se submeter-se a responder de uma forma absoluta a essa pergunta, faz com que haja constantemente revoluções paradigmáticas para mudar todo o contexto. Talvez, com tantos avanços tecnológicos que vivenciamos, com a estrutura do pensar dialético e com a inquietação do homem de buscar o que realmente é, voltamos à “estaca zero” de tudo, onde somos submetidos à inaceitação do “status quo” das coisas e buscarmos nossas verdadeiras essências no mundo metafísico, que é onde encontramos auxílio, mas nunca respostas.

“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas” - Friedrich Nietzsche

Nietzsche e Lula

Meu Deus

Que meu labor nessa vida, seja propagar o amor

Pois o amor me tirou de um limbo onde nunca outrora tivera

Ele me fez acreditar no inverossímil

Me fez fazer o bem não de forma dogmática

Mas de forma a crer que só o amor irá ser a mudança de tudo

Que eu não venha a ser tratado como insano

Pois a própria vida me tirou tudo, até mesmo o que eu não tivera a ter

Não posso parar de crer nEle

E muito menos parar de disseminá-lo

Pois o meu “deus” se chama o Amor.


O escritor da angustia

Franz Kafka nasceu dia 3 de julho de 1883 em Praga, cidade da Republica Tcheca, onde vivera cerca de 40 anos. Kafka teve em seu desenvolvimento, a influência de três culturas, judaica, tcheca e alemã. Formou-se em direito e trabalhou a vida inteira na área burocrática. Participou da escola de Praga, onde ouve a retórica criação artística do retorno ao realismo, inclinação racional e metafísica. A vida desse escritor não fora das melhores, nunca usufruiu de riqueza alguma por conta de seus livros, e nem mesmo acreditava que alguém pudesse gostar de seus escritos. Tinha uma posição em seus textos de ironia e lucidez, e talvez isso tenha complicado as coisas para ele, pois obtinha um olhar de vanguarda literário e só anos depois, obteve uma atenção maior. Kafka antes de morrer, pediu a seu amigo, Max Bauer, para queimar todos os seus escritos que tinha feito, mas, Bauer os guardou e publicou posteriormente a morte do amigo, onde teve os seus principais livros publicados postumamente. Franz Kafka sempre foi uma pessoa solitária. Tentou se casar duas vezes, com a mesma mulher (Felice Bauer), a qual não o aceitou. Muitos achavam que ele sofria de problemas psicológicos por suas diversas crises existenciais ou kafkianismo (kafkiano, temo utilizado para crises existenciais), são textos que remetem a angustia profunda, onde é possível, quase que tangívelmente, vivenciar uma depressão por parte do escritor, principalmente em “O castelo” e “A metamorfose”. O legado de Kafka é imortal, principalmente a pessoas solitárias.

“Se fores roubar minha solidão, assegure-me que irá me dar companhia eterna”

Friedrich Nietzsche

#FATO_2

Corredor das facas

Imagine um corredor de passagem unica, repleto de facas e muito escuro. Não há outra proposição para uma possível continuação a não ser passar por ele. Tu poderás permanecer na estagnação ou prosseguir. É assim que se fundamentaliza essa teoria, onde a vida nos obriga a fazer "cicatrizes" para podermos prosseguir. É sem dúvidas necessário se cortar durante a caminhada. A vida nos cobra isso não de forma maquiavélica ou nociva, mas nos obriga a mantermos cicatrizes para futuramente olharmos para ela e vermos o quanto lutamos no passado e quão fomos fortes para chegarmos onde chegamos. São as cicatrizes que nos fazem atravessar novos túneis escuros e perigosos na nossa jornada, é doloroso no instante dos cortes, mais é de muito gozo, olhar para elas e dizer, agora eu posso ir mais além.

Teoria do Parque

Podemos encarar os fatos da nossa vida de duas maneiras segundo a teoria do parque.

Teoria do Carrossel: A pessoa se abstém de enfrentar realmente seus medos. O carrossel é totalmente exibicionista, todos irão saber tudo que tu acontece, porque é perceptível a visão geral de tudo o que fazes. Tu és levado a imaginar que estas em movimento constante, mas não passa de uma “translação” em torno do próprio eixo. E, ao chegar ao final, se tens a impressão de uma longa viajem onde tudo deu certo, mas não ouve uma mudança paradigmática.

Teoria da Montanha Russa: Requer do individuo um primeiro passo de ousadia. Terá de enfrentar, mesmo que subjetivamente, seus medos interiores. Não se sabe ao certo o destino final, pois a qualquer momento poderá ocorrer algo que poderá mudar o rumo do trajeto, fazendo do brinquedo, algo totalmente paradigmático. Ao final, se vê que somos “napoleônicos” aos nossos medos, e podemos se quisermos conquistá-los com passos, mesmo que paulatinamente, de ousadia.

Êxodo 35:2

Malhação de Judas

Voto de Pobreza

Desmistificando a biblia - A arca de Noé

Na bíblia em sua parte do Pentateuco (cinco primeiros livros escritos por Moisés) no livro de Genesis no capitulo 6, a uma “possível” abordagem sobre como foi o primeiro dilúvio na terra. Não é preciso ser muito dialético para perceber que, tudo não passa de historias da antiguidade e que o fundamento desse livro não era dar certeza de tais atos, mais sim propor um possível explicação para atos que aconteciam há 4.000 anos. Mas, para os que ainda seguem literalmente o livro dogmático porem virtuoso, bíblia, segue alguns fatos ponderais. Primeiramente, a bíblia diz que Noé teve de dispor em sua arca, dois seres de cada espécie, um do sexo masculino e outro feminino, mas a história não acaba ai, são cerca de 10 milhões de espécies que existem no mundo, multiplicados por 2, teremos 20 milhões de espécies que deveriam ser alocadas dentro da arca (por ai já se vê que era impossível uma construção tão grandiosa ser feita por um único homem, uma vez que ele deveria dispor de conhecimentos de peso, matéria, relatividade, e física mecânica aplicada para a possível construção). Noé com os seus 20 milhões de animais teria de ter conhecimento também de um sistema de eliminação de excrementos e aparelhos para ventilação da arca, para manter “possivelmente” a vida de “alguns” animais. Se formos lidarmos com a bíblia literalmente, fala que “janelas do céu foram abertas, e a chuva caiu sobre a terra” e todos nós sabemos como é feito o processo de chuva através da evaporação da água, diz também que a inundação cobriu até as mais altas montanhas por mais de 20 pés, logo, o monte Everest que tem 8844,43 metros, ou seja, iria aumentar ainda mais seis metros, isso só seria possível se literalmente “um rio caísse do céu constantemente durante 40 dias e 40 noites ininterruptamente”. E com a morte de milhões de seres humanos e animais, onde foram parar os fosseis deles? Outro fator ponderável seria que, as águas dos mares iriam ter se misturados com os rios e não haveria água potável para Noé sobreviver, mesmo assim fala que ele enviou uma pomba e ela voltou com um ramo de oliva, ato impossível uma vez que com a morte de vários animais, a água iria tornar-se mais salgada e com a mistura com os oceanos, seria impossível a sustentação de uma árvore assim todas iriam morrer. Poderia passar o dia inteiro falando sobre atos que contestem a existência de uma possível arca que levaria todas as espécies de animais, mais se forem um pouco sensatos perceberam que tudo o que foi escrito no “livro preto”, não passa de metáforas.